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quinta-feira, 25 de julho de 2024

Informe #100

300 observações visuais em 2024

Prezados colegas,

Neste mês de julho de 2024 a Comissão de Cometas/UBA e Secção de Cometas/REA ultrapassaram a marca de 300 (trezentas) observações visuais recebidas e feitas no Brasil no presente ano. Assim, nos meses de janeiro a julho de 2024, recebemos registros visuais dos seguintes observadores: Alexandre Amorim, José Guilherme de Souza Aguiar, Lucas Camargo da Silva, Marcelo Martins, Marco Antônio Coelho Goiato, Silvino de Souza e Willian Carlos de Souza. Foram observados 15 (quinze) cometas e os que tem mais registros são o 12P/Pons-Brooks com 137 observações e o C/2023 A3 (Tsuchinshan-ATLAS) com 65 registros.

Também recebemos 31 (trinta e uma) imagens dos cometas 12P/Pons-Brooks, 29P/Schwassmann-Wachmann, 62P/Tsuchinshan, C/2017 K2 (Pan-STARRS), C/2021 S3 (Pan-STARRS), C/2023 A3 (Tsuchinshan-ATLAS) e C/2023 C2 (ATLAS) obtidas por Alexandre Amorim, Daniel Mello, Daniel Raimann, Ednilson Oliveira, Geovandro Nobre, Luiz Araújo, Marcos Bazzo, Marcelo Martins, Marcelo Perini, Marcos Benevides, Nerci Flückiger, Silvino de Souza e Willian Carlos de Souza.

Agradecemos aos observadores e astrofotógrafos pelos registros enviados.

Para saber mais sobre esses registros sugerimos acessar o website:

quarta-feira, 10 de julho de 2024

Informe #099

Considerações sobre o Cometa C/2023 A3 (Tsuchinshan-ATLAS)

Esse cometa tem sido registrado por observadores brasileiros desde janeiro de 2024. Esses registros estão disponíveis no websitehttps://rea-brasil.org/cometas/observ2023a3.htm 

Em junho de 2024 o Prof. Ignácio Ferrín apontou um comportamento anômalo na curva secular de luz desse cometa, indicando uma possível fragmentação do núcleo.

Mais recentemente, Zdnek Sekanina publicou um artigo cujo abstract menciona que:

... com base no seu desempenho passado e atual, espera-se que o cometa se desintegre antes de atingir o periélio. Linhas de evidência independentes apontam para o seu próximo colapso inevitável. A primeira questão, para a qual I. Ferrin recentemente chamou a atenção, é a incapacidade desse cometa originário da Nuvem de Oort de brilhar a uma distância heliocêntrica superior a 2 u.a., cerca de 160 dias antes do periélio, acompanhado por uma queda acentuada na produção de poeira. Aparente durante um longo período de tempo, mas amplamente ignorado, tem sido o semi-eixo maior original baricêntrico avançando lentamente em direção a valores negativos e o resíduo médio aumentando após a anomalia da curva de luz, sugerindo um núcleo fragmentado cujo movimento está sendo afetado por uma aceleração não gravitacional; e uma cauda de poeira em forma de lágrima invulgarmente estreita, com a sua orientação peculiar, implicando a emissão abundante de grãos grandes longe do Sol, mas nenhum material microscópico recente. Essa evidência sugere que o cometa entrou numa fase avançada de fragmentação, na qual um número crescente de sólidos refratários secos e fraturados permanecem reunidos em bolhas escuras e porosas de forma exótica, tornando-se indetectáveis ​​à medida que se dispersam gradualmente no espaço. [grifo acrescentado]

A curva de luz com registros feitos no Brasil está disponível no website: